Populus Lucis
Equoterapia Voo de Liberdade - São Bernardo do Campo
Miguel
Deus me deu um filho que sempre desejei ter, então não vou abandonar meu filho, e falo todos os dias o quanto ele é importante para mim e o quanto eu o amo.
(Margarete - Mãe do Miguel)
Hoje vamos conhecer o Miguel, ele tem 6 anos e é autista de nível 3 de suporte, moderado a severo, sendo não verbal. Sua mãe, Margarete, compartilhou a história de sua família com o projeto Populus Lucis.
"Meu nome é Margarete, sou mãe do Miguel. Desde que o Miguel nasceu, sempre sonhei em ser mãe, e ele é um presente maravilhoso que Deus me deu. Conforme o tempo passava, comecei a perceber que o Miguel estava apresentando atrasos no desenvolvimento. Foi difícil convencer os médicos de que algo estava errado, pois eles chegaram a dizer que eu estava inventando doenças para o meu filho. Mas, como mãe, eu sabia que estava certa, porque conhecia meu filho. Eu nunca neguei as dificuldades que ele enfrenta, pois meu objetivo é ajudá-lo a se tornar independente no futuro.
O Miguel começou a fazer terapia desde os 2 anos e meio e está mostrando progressos. Antes, ele não respondia quando o chamávamos, mas agora ele entende e realiza tarefas simples, como colocar os sapatos quando pedimos. O desenvolvimento dele já é visível, embora haja muito trabalho pela frente.
O que mais me dói é quando o Miguel fica desregulado e acaba se machucando. É ainda mais difícil ver que a sociedade muitas vezes não compreende essa situação. As pessoas julgam e acham que segurá-lo para protegê-lo é um ato de maus-tratos, quando, na realidade, é necessário para evitar que ele se machuque. O Miguel, graças a Deus, não tem uma deficiência intelectual, mas há muitas coisas que ele ainda não compreende e que podem ser prejudiciais. Continuo educando e ensinando a ele, e é uma luta diária.
O preconceito também é uma realidade que enfrentamos. Algumas pessoas simplesmente não estão preparadas para compreender e aceitar a diferença. No entanto, os colegas do Miguel na escola têm sido uma exceção, pois o acolhem, entendem sua singularidade e são solidários. Mas já enfrentamos situações dolorosas, como quando uma mãe disse a seu filho para não brincar com o Miguel para evitar ser machucado. Isso me magoou profundamente, pois o Miguel não entende o que é machucar alguém. Quando ele morde ou bate, não é maldade, é uma forma de comunicação, pois ele não sabe como se expressar. Ver essa rejeição e falta de empatia é muito difícil para pais de crianças especiais.
O Miguel é carinhoso e amoroso. Quando acorda, ele me abraça, me beija e diz que sentiu minha falta. Isso é tudo para mim, e estou disposta a superar qualquer desafio pelo amor que sinto por ele."
O Miguel é uma criança atípica, e sua família, está fazendo o possível para apoiá-lo e proporcionar a ele uma vida feliz e amorosa.
Vamos celebrar essa história e mostrar empatia por famílias que enfrentam desafios como esses. Não esqueça de clicar no coração nas fotos para mostrar seu apoio. Emocione-se!
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