Populus Lucis
Clinica Speranza - Diadema - SP
Thaís
Seja uma catapulta para uma criança e não uma trava.
Hoje, gostaria de apresentar a Thaís, uma menina que, segundo sua mãe Vanessa, é muito ligada em tecnologia e pode se tornar uma mente brilhante no mundo atual.
A Vanessa, mãe da Thaís, irá nos contar a história desse ensaio realizado durante uma terapia ocupacional na clínica Speranza em Diadema, para o projeto Populus Lucis com crianças atípicas.
"Eu sinto muito orgulho ao olhar para a Thaís, pois se olharmos apenas para o laudo, não há perspectiva positiva: "Ah, ela não vai falar direito, não vai comer sozinha, você terá que ajudá-la o resto da vida. Não vai conseguir interagir com crianças, não vai aprender, vai viver de medicação." Mas cada autista é único, com seu próprio tempo e particularidades, e Thaís é autista não verbal. Quando ela falou uma frase completa e com sentido, foi uma grande conquista. Tudo é questão de paciência e incentivo constante.
As pessoas tendem a enxergar somente o diagnóstico e esquecem que, por trás dele, há uma criança feliz o tempo todo, sem se preocupar com o que os outros pensam. As pessoas julgam muito, principalmente quando não conhecem a condição e acham que o comportamento é culpa de alguém. Elas acham que a Thaís precisa se adaptar ao mundo, e não o contrário. Acham que tudo o que ela faz é falta de educação, quando na verdade ela é uma criança que não consegue expressar seus sentimentos da mesma forma que nós.
Infelizmente, até de médicos já ouvi que a culpa por ela ser autista não era verbal da minha, o que nos faz sentir culpa o tempo todo. Podemos fazer tudo o que os pais de crianças não atípicas fazem, mas isso não adiantaria.
As pessoas julgam por não conhecer e muitas vezes fingem não ver. Existe o cordão e vagas especiais, mas as pessoas fingem não vê-los. Felizmente, hoje há mais suporte do que antigamente, quando crianças com deficiência tinham que ser praticamente isoladas por falta de conhecimento.
Eu quero que a Thaís consiga ser o que ela quiser. Se quiser fazer faculdade, ela fará. Se quiser fazer algo relacionado à tecnologia ou atividades artísticas, eu quero que ela seja feliz. Sabemos que o hiperfoco dela é tecnologia, e se ela quiser, ela pode ensinar outras crianças a desenvolver esse lado, pode desenvolver jogos, aplicativos, o que ela decidir. Todos os dias eu concordo e lembro que ela é capaz, e não um limite para que ela possa se desenvolver e fazer o que quiser." (Vanessa - mãe da Thaís)
A Thaís pode ser tudo o que quiser, basta darmos oportunidade para que ela desenvolva suas habilidades, pois um laudo não dita o futuro de uma criança.
Você que chegou até aqui, não esquece de clicar no coração que aparece nas fotos para curtir.
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